O Ciclo do Natal
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Notas complementares a cada diapositivo
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1. O povo que andava nas trevas viu uma grande luz (Iz 9,1). Tópicos para compreensão da diâmica da Liturgia do Ciclo de Natal.
2.
No ciclo do ano, a Igreja comemora todo o mistério de Cristo,
desde a Encarnação até ao dia do Pentecostes e à expectativa da vinda do Senhor
(Normas gerais sobre o ano
Litúrgico e o Calendário 17).
3.
O Sagrado Tríduo da Paixão e Ressurreição do Senhor é o ponto culminante de
todo o ano litúrgico (Normas gerais sobre o
ano Litúrgico e o Calendário, 18).
4.
Missal Romano, Oração Eucarística, Aclamação:
Ø
Mistério da fé! - Anunciamos, Senhor, a
vossa morte, proclamamos a vossa ressurreição. Vinde, Senhor Jesus.
Ø Mistério admirável da nossa fé! - Quando comemos deste
pão e bebemos deste cálice, anunciamos, Senhor, a vossa morte, esperando a
vossa vinda gloriosa.
Ø Mistério
da fé para a salvação do mundo! –
Glória a Vós, que morrestes na Cruz e agora viveis para sempre. Salvador do
mundo, salvai-nos. Vinde, Senhor Jesus!
5.
Visão geral do Calendário Litúrgico
6.
Depois da celebração anual do Mistério Pascal, nada
na Igreja é mais venerável do que a celebração do Natal do Senhor e das suas
primeiras manifestações: é o que se faz no Tempo do Natal (Normas Gerais sobre o ano Litúrgico e o Calendário
32).
7.
Assim como as celebrações pascais são precedidas de um tempo de
preparação, a Quaresma, também o Tempo do Natal é precedido pelo Tempo
do Advento.
8.
Ciclo do Natal: composto de dois tempos
Ø I. Advento
Ø II. Natal
9.
I. Tempo do Advent = adventus / ad
venire (vinda)
Chegada do príncipe: Preparai os caminhos do
Senhor
10. O Tempo do Advento tem
dupla característica:
É tempo de preparação para a Solenidade do Natal,
em que se comemora a primeira vinda do Filho de Deus aos homens;
Foi Ele que os Profetas anunciaram,
a Virgem Mãe esperou…
João Baptista proclamou estar para vir
e mostrou já presente no meio dos homens.
(Prefácio II entre 17e 24 de Dezembro)
10. Simultaneamente é
tempo em que, comemorando esta primeira vinda, o nosso espírito se dirige para
a expectativa da segunda vinda de Cristo no fim dos tempos.
Ele veio a primeira vez, na humildade da natureza
humana…
abrir-nos o caminho da salvação
De novo há-de vir, no esplendor da sua glória,
para nos dar os bens prometidos
que, entretanto, vigilantes na fé, ousamos esperar…
(Prefácio
I - até 16 de Dezembro)
11. 1ª vinda - Já veio: Celebração do Natal
2ª vinda: Há-de vir: Cristo Rei
Entre as duas: Está presente: Igreja / Sacramentos
12.
Até 16 de Dezembro: Preparação
da vinda futura: o fim dos tempos.
Domingos do ano A
Ø 1: Cristo virá na Sua
glória
Ø 2 e 3: João Baptista
anuncia-O
13. De 17 a 24 de Dezembro: Preparação imediata à celebração do Nascimento.
Domingos do Ano A: 4: O nascimento de Jesus, filho de Maria noiva de José.
14. O Tempo do Advento começa
com as Vésperas I do domingo que ocorre no dia 30 de Novembro, ou no mais
próximo a este dia e termina antes das Vésperas I do Natal do Senhor.
(Normas gerais sobre o
ano Litúrgico e o Calendário, 40)
15.
Antífonas da Novena de Natal: Os grandes “O” 17 a 23 de
Dezembro. Há divergência na ordem
de apresentação destas antífonas entre a Liturgia da Palavra da Eucaristia
(aclamação do Evangelho) e a Liturgia das Horas (antífona do Magnificat) que se
apresenta assim:
Dia 17: Ó Sabedoria do Altíssimo, que tudo governais
com firmeza e suavidade: vinde ensinar-nos o caminho da salvação
Dia 18: Ó Chefe da casa de Israel, que no Sinai
destes a Lei a Moisés: vinde resgatar-nos com o poder do vosso braço.
Dia 19: Ó Rebento da raiz de Jessé, sinal erguido
diante dos povos: vinde libertar-nos, não tardeis mais.
Dia 20: Ó Chave da Casa de David, que abris e
ninguém pode fechar, fechais e ninguém pode abrir: vinde libertar os que vivem
no cativeiro das trevas e nas sombras da morte.
Dia 21: Ó Sol nascente, esplendor da luz eterna e
sol de justiça: vinde iluminar os que vivem nas trevas e na sombra da morte.
Dia 22: Ó Rei das nações e Pedra angular da Igreja
vinde salvar o homem que formastes do pó da terra.
Dia 23: Ó Emanuel,
nosso rei e legislador, esperança nas nações e salvador do mundo: vinde
salvar-nos, Senhor nosso Deus.
16. As grandes Figuras do Advento
17. João Baptista, o Precursor: Preparai os caminhos do Senhor. (João =
Deus é misericordioso; Baptista = que baptiza).
18. José, o homem do silêncio (José = Deus multiplica).
19.
Maria, a Mãe Virgem antes do
parto, durante o parto, depois do parto: Fiat! – Faça-se! (Maria = Senhora soberana;
Luz sobre o mar = Estrela do mar).
20. Jesus = Deus Salva. Emanuel = Deus-habita-no-meio-de-nós.
21. Particularidades da Liturgia
no Tempo do Advento:
Ø Paramentos roxos (3º domingo
= pode ser cor-de-rosa),
Ø Não se canta/recita o hino
Glória, excepto nas solenidades (Imaculada Conceição a 8 de Dezembro, por
exemplo).
Ø Decoração mais discreta.
22. A Coroa do Advento – não pertencendo à tradição litúrgica, pode
utilizar-se como elemento catequético.
23. A Coroa do Advento é feita de
ramos verdes, com 4 velas, representando as 4 semanas do Advento. Em geral,
três das velas são roxas e uma é cor-de-rosa (3º domingo “Gaudete” =
alegrai-vos). A coroa tem normalmente uma fita vermelha entrelaçada e pode,
igualmente, ter alguns detalhes dourados em representação da glória do Reino
que vem.
25. Coroa: em forma de círculo
sem princípio nem fim, indica a perfeição. É sinal do Amor de Deus, mas também
do amor ao próximo que não há-de findar. O tempo cristão, todavia, não está
fechado num “ciclo do eterno retorno”, mas é vivido em elipse projectada na
eternidade. Pode ver-se também no círculo um elo, como invocação da Aliança
entre Deus e o homem.
26. Ramos verdes: indicam a
vida e a esperança: Os ramos dos pinheiros e dos ciprestes foram os escolhidos,
pois permanecem verdes apesar dos rigorosos invernos. Também os cristãos devem
manter vivas a fé e a esperança apesar das tribulações da vida.
27. Fita vermelha: que pode
envolver a grinalda, simboliza o Amor de Deus ou o próprio Espírito Santo a
embalar toda criação que é remida com a chegada de Jesus. Também se podem usar 4 laços vermelhos, significando os
quatro pontos cardeais, como anúncio da Cruz Redentora (a estrela do Natal é
cruciforme, remetendo-nos para a Páscoa). Pode ainda ver-se o azevinho com as
suas folhas espinhosas e os seus grãos vermelhos, como invocação da Paixão
Redentora.
28. Bolas ou pinhas douradas:
simbolizam os frutos do Espírito Santo. Flores: significam a alegria na
esperança.
Luz crescendo progressivamente: indica a aproximação ao
Natal, e anuncia, desde logo, a Parusia de que o Advento é antecipação, quando
Cristo, Salvador e Luz do Mundo, brilhar para toda a
humanidade.
Cor roxa das velas:
indica a purificação dos corações como preparação para acolher o Cristo que
vem. A vela de cor rosa (3º
domingo - Gaudete) convida à alegria, pois o Senhor está próximo.
29. Nota Bem: A coroa de advento não deve ser colocada sobre o altar e as velas em nada
substituem os círios do altar, necessários às celebrações litúrgicas.
30. As 4 semanas:
1. A promessa do perdão a Adão e Eva
2. A fé dos Patriarcas na terra
prometida
3. A alegria do rei David que
canta a Nova Aliança (cor-de-rosa)
4.
O
Reino de Paz anunciado pelos Profetas
31. II. Tempo de Natal (Natalis = Nascimento)
32. Eucaristia: É sempre a celebração
da Morte e Ressurreição de Cristo Jesus, Ele que nasceu em Belém.
33. Tradições do Advento e do Natal
34. Solstício de inverno
Ø Roma: 25 Dezembro -
Nascimento do Sol Invicto
Ø Egipto: 6 Janeiro -
Epifania, Baptismo, Caná
35. 24 de Dezembro: Comemoração do “nascimento” de Adão e Eva e dos
santos que viveram antes de Jesus Cristo.
25 de Dezembro: Comemoração do nascimento de Jesus Cristo, do
seio virginal de Maria, a Nova Eva.
O NÃO de EVA, expulsa do Paraíso
pelo Anjo, dá lugar ao AVE do Anjo que leva ao SIM de Maria.
36. Meia-noite:
Quando um profundo silêncio envolvia
todas as coisas, e a noite estava no meio do seu curso, a Vossa palavra
omnipotente desceu dos céus e do trono real (Sabedoria 18,14).
37. Burro e
Boi: O boi conhece o seu
possuidor, e o jumento, o estábulo do seu dono; mas Israel não conhece nada, o
Meu povo não tem entendimento (Isaías 1,3).
38. Pastores 1: Na mesma
região, encontravam-se uns pastores, que pernoitavam nos campos, guardando os
seus rebanhos durante a noite (Lucas 2,8).
Pastores 2: Eu sou o Bom Pastor (João 10,11).
39. Anjo: O anjo do Senhor apareceu-lhes e a glória do
Senhor refulgiu em volta deles (Lucas 2,9). Anjos com asas: a Mensagem de Deus é para ser
transmitida sem demora
40. Galo: No “meio da noite”. O canto do galo anuncia
a chegada do dia: Jesus é o novo dia sem ter ocaso. Referência também à negação
de Pedro na Paixão de Jesus.
41. Belém =
Casa do Pão. O Verbo feito carne é
o Pão vivo descido do céu para dar a vida ao mundo (João, 6).
42. E o Verbo
feito carne, torna-se Pão (= a Imagem do Menino deitado numa máquina de
fabricar hóstias com um travesseiro feito de espigas).
43.
Magos > Sábios/Astrólogos – Reis???
Todos
os reis se prostrarão diante dele, as nações o servirão (Salmo 72,11)
Século V: Nomes; Século
XV: Origem
Ø Baltazar » África
Ø Melchior » Europa
Ø Gaspar » Ásia
44. Três? - Chegaram
a Jerusalém UNS MAGOS vindos do Oriente (Mateus 2,1).
45. As oferendas:
Ouro » realeza / Incenso » divindade / Mirra »
humanidade.
46. O número três
pode também ter relação com as Idades do Homem: Infância / Idade Adulta / Velhice.
47. Presépio = Manjedoura
Ano 1223: São Francisco de Assis representa o
nascimento de Jesus num estábulo, com um boi e um jumento. Não há imagem do
Menino, mas celebra-se a Eucaristia num altar montado no local.
48. Natal e Páscoa: A estrela de Natal normalmente
tem quatro pontas, indicando os quatro pontos cardeais (norte, sul, este,
oeste), ou mesmo 8, indicando a universalidade da Salvação realizada por Cristo.
Por outro lado, tem uma forma cruciforme, fazendo ligação à Páscoa.
49. Na imagem, vê-se o Menino, despido, deitado por
terra, enquanto Maria e José, em atitude de adoração, estão bem vestidos: é o
novo Adão, unido à terra, na humildade e no despojamento.
50. A Sagrada Família dentro de uma gruta sombria:
Jesus é a Luz do mundo que vem trazer brilho às trevas. E a Salvação realiza-se
no mistério da morte, anunciada pelas faixas em que o menino está envolvido,
como que para ser sepultado (na manjedoura, pode ver-se a forma de um caixão).
51. Maria parece voltar
as costas ao Menino, isto porque Ela O deu à luz não para si mesma mas para o
mundo. Está vestida de vermelho, pois
é criatura mas tem um manto azul porque foi envolvida pela Graça de Deus. José,
velho, indicando que está lá para “guardar” a virgindade de Maria, está vestido
de vermelho, indicando também ele ser uma criatura.
52. Pai Natal - São Nicolau? Figura de criança, no
início, foi nos Estados Unidos da América, no século XIX, que se tornou a
figura que hoje conhecemos… para um anúncio da coca-cola de então!!!
53. ÁRVORE DE NATAL
(pinheiro) – SS.ma Trindade (triângulo)
Árvore do Paraíso (Génesis, 2,9)
Árvore de Jessé (Isaías, 11,1-3)
Evangelho: Madeiro da
Cruz (João 19,17)
Apocalipse: Árvore da Vida (Apocalipse 22,2)
54. O Tempo de
Natal decorre desde as Vésperas I do Natal do Senhor até ao domingo depois da
Epifania, isto é, até ao domingo a seguir ao dia 6 de Janeiro inclusive - Baptismo
do Senhor (Normas Gerais
do Calendário, 33).
55. Tempo do Natal:
Ø 25 de Dezembro » Natal
Ø 1 de Janeiro » Mãe de
Deus
Ø Domingo seguinte »
Epifania
Ø Domingo seguinte » Baptismo
Ø Se a Epifania cair a 7
ou 8 Janeiro celebra-se o Baptismo na 2ª-feira seguinte.
Ø Em lugar do Domingo I do
Tempo Comum, celebra-se a Festa do Baptismo do Senhor.
56. TEOFANIA =
Manifestação de Deus
Ø Natal: Manifestação aos
pequeninos
Ø Epifania: Manifestação
às nações
Ø Baptismo: Manifestação
ao Povo Judeu
57. Particularidades da Liturgia
do Natal
Ø Gloria
Ø Paramentos brancos
58. Celebrações ligadas
ao Natal
Ø Anunciação 25 de Março -
9 meses antes do Natal
Ø Apresentação 2 de Fevereiro
- 40 dias depois do Natal
59. O Ano litúrgico começa no quarto domingo antes
do Natal, domingo a seguir à Solenidade de Jesus Cristo, Rei do universo com
que termina o ano litúrgico.
60: Ato de oblação para o Tempo de Advento:
Pai Santo,
nós Te damos graças por Cristo,
nosso Senhor.
Ele veio a primeira vez,
na humildade da natureza
humana,
realizar o eterno
desígnio do teu amor
e abrir-nos o caminho da
salvação;
de novo há-de vir, no
esplendor da sua glória,
para nos dar em
plenitude os bens prometidos.
Entretanto, solidários
com Ele
e partilhando as
aspirações dos nossos contemporâneos,
queremos oferecer-nos
totalmente
para colaborarmos na
construção da cidade terrena
e na edificação do Corpo
de Cristo,
testemunhando que o
Reino e a sua justiça
devem ser procurados acima de tudo. Ámen.
61.
Composição: Frei Braz, scj
Sacerdotes do Coração de Jesus
Seminário Nossa Senhora de Fátima, Alfragide, Novembro
2016
Escrito sem acordo ortográfico.