Coroa do Advento
A Coroa do Advento é feita de ramos verdes, com 4 velas, representando as
4 semanas do Advento. Em geral, três das velas são roxas e uma é cor-de-rosa
(3º domingo “Gaudete” = alegrai-vos). A coroa tem normalmente uma fita
vermelha entrelaçada e pode, igualmente, ter alguns detalhes dourados em
representação da glória do Reino que vem.
Coroa: em forma de
círculo sem princípio nem fim, indica a perfeição. É sinal do Amor de Deus, mas
também do amor ao próximo que não há-de findar. O tempo cristão, todavia, não
está fechado num “ciclo do eterno retorno”, mas é vivido em elipse projectada
na eternidade. Pode ver-se também no círculo um elo, como invocação da Aliança
entre Deus e o homem.
Ramos verdes: indicam a vida e
a esperança: Os ramos dos pinheiros e dos ciprestes foram os escolhidos, pois
permanecem verdes apesar dos rigorosos invernos. Também os cristãos devem
manter vivas a fé e a esperança apesar das tribulações da vida. Em Angola, poderíamos
eventualmente utilizar folhas de imbondeiro...
Fita vermelha: que pode
envolver a grinalda, simboliza o Amor de Deus ou o próprio Espírito Santo a
embalar toda criação que é remida com a chegada de Jesus. Também se podem usar 4
laços vermelhos, significando os quatro pontos cardeais, como anúncio da
Cruz Redentora (a estrela do Natal é cruciforme, remetendo-nos para a Páscoa).
Pode ainda ver-se o azevinho com as suas folhas espinhosas e os seus grãos
vermelhos, como invocação da Paixão Redentora.
Bolas ou pinhas
douradas: simbolizam os frutos do Espírito Santo. Flores: significam
a alegria na esperança.
Luz crescendo
progressivamente: indica a aproximação ao Natal, e anuncia, desde logo, a
Parusia de que o Advento é antecipação, quando Cristo, Salvador e Luz do mundo, brilhar para
toda a humanidade.
Cor roxa das velas: indica a
purificação dos corações como preparação para acolher o Cristo que vem. A vela
de cor rosa (3º domingo - Gaudete) convida à alegria, pois o
Senhor está próximo. Um esquema diferente, utilizando outras cores, com
significados particulares, é apresentado nas pp 9-11.
Nota Bem: A coroa de
advento não deve ser colocada sobre o altar e as velas em nada
substituem os círios do altar, necessários às celebrações litúrgicas.
A preparar
Cinco círios: 3 roxos, 1 cor-de-rosa e 1 branco.
Verduras: pinheiro, cipreste… (eventualmente, folhas de
imbondeiro, bananeira, enquanto mais simbólicas em Angola)
Nota prévia
Pode colocar-se a coroa no local onde se erigirá o
presépio.
Colocam-se os quatro círios previamente no seu suporte, à
excepção do branco. Serão acesos progressivamente domingo a domingo, a partir
dos círios do altar.
Um leitor fará a admonição correspondente ao domingo, em lugar
conveniente, mas não no ambão, reservado à proclamação da Palavra.
Pode acender-se o círio logo após a
saudação inicial, como introdução à celebração. Nesse caso, pode omitir-se o
ato penitencial, cantando-se ou proclamando-se depois unicamente o Kyrie
eleison. Ou, então, antes das Leituras, imediatamente após a oração da
colecta.
Sugere-se que o Presidente da celebração, ou alguém por ele
indicado, introduza o tema no primeiro domingo.
Pode ainda acender-se a vela nas I ou nas II Vésperas do
domingo, após a introdução ao ofício. Em vez do cântico indicado, pode-se
cantar logo o hino respectivo (ver esquema V – pp 22-24).
Na noite de Natal, pode juntar-se um quinto círio, branco e
maior que os outros, ou levar-se em momento oportuno, por exemplo, depois da
proclamação das Calendas de Natal. Pode fazer-se no início do hino Glória
a Deus nas alturas ou imediatamente após a proclamação do Evangelho,
enquanto se repete solenemente o Aleluia, e sem outros comentários. Como os
outros círios, também este se acende nos do altar.
Os cânticos indicados poderão ser
substituídos por outros, com o mesmo sentido, mas mais conhecidos pela
comunidade celebrante.
Notas particulares
para cada esquema serão apresentadas pontualmente.
I - A Misericórdia tem rosto
Sobre textos do Papa Francisco na Bula de
Proclamação
do Jubileu Extraordinário da Misericórdia (=MV)
Primeiro domingo
Leitor 1: O nada. O vazio. O abismo. O caos. A morte. Mas
Deus, que é rico em misericórdia, depois de ter revelado o seu nome a Moisés
como “Deus misericordioso e clemente, vagaroso na ira, cheio de bondade e
fidelidade”, não cessou de dar a conhecer a sua natureza divina. Na plenitude
dos tempos, mandou o Seu Filho, nascido da Virgem Maria, para nos revelar, de
modo definitivo, o seu amor. Quem o vê, vê o Pai. Jesus de Nazaré revela a
misericórdia de Deus (cf MV 1).
Leitor 2: Misericórdia: é o caminho que une Deus e
o homem, porque nos abre o coração à esperança de sermos amados para sempre,
apesar da limitação do nosso pecado (MV 2).
Leitor 1+2: Amor, Ternura, Perdão, Compaixão:
Acenda-se no coração da humanidade a luz da Misericórdia!
Acende-se o primeiro círio enquanto se canta:
Cantarei
eternamente as misericórdias do Senhor.
Segundo domingo
(O
primeiro círio já está aceso)
Leitor 1: E Deus, que é rico
em misericórdia, chama-nos a ser misericordiosos como Ele. Somos chamados a
abrir o coração àqueles que vivem nas mais variadas periferias existenciais (MV 15).
Leitor 2: Chegou de novo, para a Igreja, o tempo de
assumir o anúncio jubiloso do perdão. É o tempo de regresso ao essencial, para
cuidar das fraquezas e dificuldades dos nossos irmãos. O perdão é uma força que
ressuscita para nova vida e infunde a coragem de olhar o futuro com esperança (MV 10).
Leitor 1+2: A todos, crentes e afastados, possa chegar o bálsamo da misericórdia
como sinal do Reino de Deus já presente no meio de nós (MV 5).
Acende-se o
segundo círio enquanto se canta:
Cantarei
eternamente as misericórdias do Senhor.
Terceiro domingo (círio cor-de-rosa)
(O
primeiro e o segundo círios já estão acesos)
Leitor 1: A Igreja vive uma vida autêntica, quando
professa e proclama a misericórdia, o mais admirável atributo do Criador e
Redentor, e quando aproxima os homens das fontes da misericórdia do Salvador,
das quais ela é depositária e dispensadora (MV 11).
Leitor 2: Nas nossas paróquias, nas nossas comunidades, nas
associações e nos movimentos - em suma, onde houver cristãos -, qualquer pessoa
deve poder encontrar um oásis de misericórdia (MV 12).
Leitor 1+2:
Quem pratica a misericórdia, faça-o com
alegria (MV 16).
Acende-se
o terceiro círio enquanto se canta:
Cantarei
eternamente as misericórdias do Senhor.
Quarto domingo
(Os
três primeiros círios já estão acesos)
Leitor 1: Somos chamados a viver de misericórdia,
porque, primeiro, foi usada misericórdia para connosco. O perdão das ofensas
torna-se a expressão mais evidente do amor misericordioso e, para nós cristãos,
é um imperativo de que não podemos prescindir.
Leitor 2: Como parece
difícil, tantas vezes, perdoar! E, no entanto, o perdão é o instrumento
colocado nas nossas frágeis mãos para alcançar a serenidade do coração. Deixar
de lado o ressentimento, a raiva, a violência e a vingança são condições
necessárias para se viver feliz.
Leitor 1+2: Felizes os
misericordiosos, porque alcançarão misericórdia (MV 9).
Acende-se o
quarto círio enquanto se canta:
Cantarei
eternamente as misericórdias do Senhor.
II - Fé, Esperança e Caridade vividas na Alegria
Primeiro domingo
Leitor: O tempo da Criação. Este círio recorda-nos a promessa
de Redenção feita aos nossos primeiros pais. Caminhando para a comunhão cada
vez mais profunda com Deus, esperamos vir a partilhar eternamente a própria
vida de Deus. Acenda-se a luz da Esperança!
Todos: Acenda-se a Luz da Esperança!
Acende-se o
primeiro círio enquanto se canta:
O teu Reino,
Senhor, é justiça,
O teu Reino,
Senhor, é perdão.
O teu Reino,
Senhor, é verdade,
O teu Reino é,
Senhor, salvação
Segundo domingo
(O
primeiro círio já está aceso)
Leitor: O tempo dos Patriarcas. Este círio simboliza a Fé de
Abraão e dos outros Patriarcas a quem foi anunciada a Terra prometida que
esperaram confiadamente. Esta confiança é ainda mais viva hoje que estamos à
espera da manifestação definitiva de Nosso Senhor Jesus Cristo. Vivemos no
tempo da paciência: paciência de Deus que espera a conversão dos pecadores e
que dá a cada um o tempo necessário para se decidir; paciência do homem que sabe esperar com confiança a revelação do Rosto
amoroso de Deus. Acenda-se a luz da Fé!
Todos: Acenda-se a Luz da Fé!
Acende-se o
segundo círio enquanto se canta:
O teu Reino,
Senhor, é justiça,
O teu Reino,
Senhor, é perdão.
O teu Reino,
Senhor, é verdade,
O teu Reino é,
Senhor, salvação.
Terceiro domingo (círio cor-de-rosa)
(O
primeiro e o segundo círios já estão acesos)
Leitor: O tempo dos Reis. Este círio lembra a Alegria do rei
David que recebeu de Deus a promessa de uma aliança eterna e a cantou
jubilosamente. Alegria que nasce da certeza de que Deus não esquece os seus
filhos, apesar das tristezas que procuram tirar a paz e a serenidade. Por mais impossível que seja esquecer as
angústias, as misérias e as desgraças que hoje afligem as multidões, somos
chamados a espalhar à nossa volta a alegria dos filhos de Deus renovados pelo
amor de Cristo. Acenda-se a luz da Alegria.
Todos: Acenda-se a Luz da Alegria!
Acende-se
o terceiro círio enquanto se canta:
O teu Reino,
Senhor, é justiça,
O teu Reino,
Senhor, é perdão.
O teu Reino,
Senhor, é verdade,
O teu Reino é,
Senhor, salvação.
Quarto domingo
(Os
três primeiros círios já estão acesos)
Leitor: O tempo dos Profetas. Este círio recorda o anúncio da
chegada do Salvador proclamado pelos Profetas. O dia que os Profetas anunciam
há-de chegar: já chegou na Incarnação do Filho de Deus feito homem que de novo
há-de vir na sua glória, para julgar os vivos e os mortos, e o seu Reinado não
terá fim. Também nós, profetas desde o nosso Baptismo, somos convidados a
reconhecer a presença de Deus e a anunciá-la pelo exemplo de uma vida
impregnada de caridade. Acenda-se a luz do Amor.
Todos: Acenda-se a Luz do Amor!
Acende-se
quarto o círio enquanto se canta:
O
teu Reino, Senhor, é justiça… perdão...verdade...
O
teu Reino é, Senhor, salvação
III - Não deixemos
que nos roubem a Vida
esquema
particularmente diferente do habitual
A preparar
Cinco círios: verde, vermelho, rosa, azul, branco.
Verduras e flores da mesma cor dos círios, se
possível.
Nota prévia particular:
No caso de não ser possível ter os círios nas cores
indicadas, pode-se optar-se por um laço ou fita dessa cor a colocar em círios
simples.
Em cada um dos quatro domingos, pode colocar-se
previamente uma flor da mesma cor do círio no sopé do respectivo suporte.
Durante a admonição, do meio da assembleia, sobe quem deve levar o círio;
se possível: 1º domingo = rapaz, 2º domingo =
homem, 3º domingo = menina, 4º domingo = senhora grávida.
Primeiro domingo (círio verde)
Leitor: Este círio verde simboliza a Esperança que nos guia
nas estradas pedregosas desta vida. Apesar de circundados de trevas,
acreditamos que o Senhor caminha connosco.
Nesta
primeira semana do Advento, deixemo-nos inundar pela esperança na vinda
gloriosa do Senhor, que já veio, e que agora está entre nós.
Não
deixemos que nos roubem a Esperança!
Todos: Não deixemos que nos roubem a Esperança!
Um rapaz leva o círio verde, acende-o nos círios do altar e
coloca-o no seu suporte. Entretanto, pode cantar-se:
Anunciaremos teu Reino, Senhor,
teu Reino, Senhor, teu Reino.
Reino de amor e de graça,
Reino que está entre nós:
Teu Reino, Senhor, teu Reino.
Segundo domingo (círio vermelho)
(O
primeiro círio já está aceso)
Leitor: A cor vermelha deste círio recorda-nos o sangue dos
mártires. Fazendo memória de João Batista, não esqueçamos também os mártires
dos nossos dias em tantas partes do mundo.
Acendendo este círio,
disponhamo-nos a fazer da nossa vida uma eucaristia permanente, unindo-a à
oblação de Cristo ao Pai pela redenção do mundo.
Não deixemos que nos roubem a
Paz!
Todos: Não deixemos que nos roubem a Paz!
Um homem adulto leva o
círio vermelho, acende-o nos círios do altar e coloca-o no seu suporte.
Entretanto, pode cantar-se:
Anunciaremos teu Reino, Senhor,
teu Reino, Senhor, teu Reino.
Reino que sofre violência, Reino que não é da terra.
Teu Reino, Senhor, teu Reino.
Terceiro domingo (círio cor-de-rosa)
(O
primeiro e o segundo círios já estão acesos)
Leitor: A liturgia
convida-nos hoje à alegria, porque o Senhor está próximo: é este o significado
do círio cor-de-rosa. No meio das tribulações do dia-a-dia, temos a certeza de
que a Salvação se realiza já neste mundo como primícias da eternidade.
O
Espírito do Senhor está sobre cada um de nós, chamados que somos a proclamar a
alegria do Evangelho.
Não
deixemos que nos roubem a Alegria!
Todos: Não deixemos que nos roubem a Alegria!
Uma menina leva o
círio cor-de-rosa, acende-o nos círios do altar e coloca-o no seu suporte.
Entretanto, pode cantar-se:
Anunciaremos teu Reino, Senhor,
teu Reino, Senhor, teu Reino.
Reino
que já começou, Reino que não terá fim…
Teu
Reino, Senhor, teu Reino.
Quarto domingo (círio azul)
(Os
três primeiros círios já estão acesos)
Leitor: O azul simboliza as realidades celestes. Na
iconografia cristã, Maria é muitas vezes representada revestida de um manto
azul sobre uma túnica vermelha: é a humanidade envolvida pela graça de Deus.
Neste quarto domingo, com Maria, a Cheia de Graça,
estejamos sempre prontos a receber o Senhor e a levá-lo a todos, pelos caminhos
da nossa vida de cada dia, na escola e no trabalho, em casa e na rua, prontos a
ser mensageiros de eternidade.
Não deixemos que nos roubem o
Entusiasmo!
Todos: Não deixemos que nos roubem o Entusiasmo!
Uma senhora grávida leva o círio azul, acende-o nos círios
do altar e coloca-o no seu suporte. Entretanto, pode cantar-se:
Anunciaremos teu Reino, Senhor,
teu Reino, Senhor, teu Reino.
Reino de paz e justiça, Reino de vida e verdade…
Teu Reino, Senhor, teu Reino.
IV - Rumo à Luz do Natal
Para grupos de catequese
Nota prévia particular:
Celebração a ser adaptada a cada grupo de catequese, a realizar na sala
de encontros. Seria interessante que a própria coroa fosse construída pelos
catequizandos.
Coroa a colocar em lugar de evidência na sala de catequese, por exemplo
junto da Bíblia.
No tempo de Natal seria nesse mesmo local que se prepararia um pequeno
presépio, deixando sempre aí a coroa de advento e juntando-lhe então um quinto
círio.
Entretanto, se se achar mais conveniente, poder-se-á
usar a Coroa de advento da comunidade paroquial, seja em celebração comum, seja
por grupos.
Primeiro domingo
Leitor 1: Quando os nossos primeiros pais disseram Não
a Deus pela primeira vez, fez-se trevas nas suas vidas: o pecado entrou no
mundo e com ele o sofrimento e a morte.
Leitor 2: Mas Deus prometeu enviar o Seu Filho para
remediar o mal e acender de novo a luz da vida.
Leitor 1: Ele já veio quando nasceu em Belém e
há-de vir no fim dos tempos para nos abrir as portas da sua Casa.
Leitor 2: Ele está aqui porque estamos reunidos em
seu Nome.
Leitor 1+2: Vamos acender a luz da Esperança!
Todos: Vamos acender a luz da Esperança!
Acende-se o primeiro
círio enquanto se canta:
A Luz de Cristo
ilumina a terra inteira.
Aleluia.
Aleluia.
Segundo domingo
(O
primeiro círio já está aceso)
Leitor 1: Durante muitos séculos, Deus enviou ao
mundo os seus amigos para preparar a vinda do seu Filho: Os Patriarcas, como
Abraão; os Profetas, como Isaías; os Reis, como David.
Leitor 2: Eles anunciaram que o Reino de Deus
estava próximo, mas que era preciso mudar de vida.
Leitor 1: E nós? Estamos prontos a mudar de vida, a
ser mais responsáveis, mais verdadeiros, mais cumpridores dos nossos deveres?
Leitor 2: Vamos fazer o esforço de seguir mais de
perto a Palavra de Deus e fazer tudo o que Ele nos disser.
Leitor 1+2: Vamos acender a luz da Verdade!
Todos: Vamos acender a luz da Verdade!
Acende-se o segundo
círio enquanto se canta:
A Luz de Cristo
ilumina a terra inteira.
Aleluia.
Aleluia.
Terceiro domingo (círio cor-de-rosa)
(O
primeiro e o segundo círios já estão acesos)
Leitor 1: O primo de Jesus, chamado João Batista,
também veio anunciar que Jesus era o Filho de Deus.
Leitor 2: Dizia que Jesus vinha para dar de novo a
alegria aos seus amigos e os conduzir para a Casa de seu Pai.
Leitor 1: Mas que era preciso derrubar as montanhas
de egoísmo que enchem as nossas vidas.
Leitor 2: E fazer o bem em toda a parte, sem
vergonha, como verdadeiros cristãos responsáveis e alegres.
Leitor 1+2: Vamos acender a luz da Alegria!
Todos: Vamos acender a luz da Alegria!
Acende-se o terceiro
círio enquanto se canta:
A Luz de Cristo
ilumina a terra inteira.
Aleluia.
Aleluia.
Quarto domingo
(Os
três primeiros círios já estão acesos)
Leitor 1: Maria, a Mãe de Jesus, vem hoje
ensinar-nos a escutar sempre a Palavra de Deus e a cumpri-la de todo o coração.
Leitor 2: Também José, o Esposo de Maria, é um
exemplo de quem sabe aceitar a Palavra de Deus, embora seja por vezes difícil
de cumprir.
Leitor 1: Já perto do dia de Natal, pensemos como
vamos acolher a comemoração do nascimento de Jesus.
Leitor 2: Há lugar para Ele nas nossas vidas?
Estamos dispostos a reconhecê-lo em todos os que precisam de nós?
Leitor 1+2: Vamos acender a luz do Amor a Deus e ao
próximo!
Todos: Vamos acender a luz do Amor a Deus e ao
próximo!
Acende-se o quarto
círio enquanto se canta:
A Luz de Cristo
ilumina a terra inteira.
Aleluia.
Aleluia.
V - Família
que vive a alegria da Fé
Para celebrar em família
Textos do Papa Francisco
(1 = 2013-10-23; 2 = 2013-10-26;
3 = 2013-10-27; 4 = 2013-12-29; 5 = 2014-10-4)
Nota prévia particular:
À hora mais conveniente, preferivelmente no domingo,
dia do Senhor, cada família, reunida junto à coroa a colocar perto do local
onde irá preparar o Presépio e erigir a árvore de natal, fará a sua celebração,
tendo em conta a participação de todos, grandes e pequenos, os mais novos e os
mais velhos: preparar a coroa, fazer as leituras, acender as velas.
Na noite de Natal, pode juntar-se um quinto círio,
branco e maior que os outros, a acender num momento oportuno. Depois, durante o
tempo de Natal, podem acender-se os 5 círios sempre que a família se reunir
para rezar.
Primeiro domingo
Leitor 1: A alegria verdadeira vem da harmonia
profunda entre as pessoas, que todos sentem no coração, e que nos faz sentir a
beleza de estarmos juntos, de nos apoiarmos uns aos outros no caminho da vida (3).
Leitor 2: Mas, na base deste sentimento de alegria
profunda está a presença de Deus, a presença de Deus na família, está o seu
amor acolhedor, misericordioso, cheio de respeito por todos. E, acima de tudo,
um amor paciente: a paciência é uma virtude de Deus e nos ensina, na família, a
ter este amor paciente, um com o outro. Ter paciência entre nós. Amor paciente (3).
Os Pais: Jesus, Maria e José, em Vós, contemplamos o esplendor do verdadeiro
amor, a Vós, com confiança, nos dirigimos (4).
Os Filhos: Jesus, Maria e José, escutai a nossa
súplica.
Acende-se o primeiro
círio; recita-se Pai Nosso… Avé-Maria… Glória...
Segundo domingo
(O
primeiro círio já está aceso)
Leitor 1: A família é o lugar onde recebemos o
nome, o lugar dos afectos, o espaço da intimidade, onde se aprende a arte do
diálogo e da comunicação interpessoal (1).
Leitor 2: Na vida, a família experimenta muitos
momentos felizes: o descanso, a refeição juntos, o passeio até ao parque ou
pelos campos, a visita aos avós, a visita a uma pessoa doente... Mas, se falta
o amor, falta a alegria, falta a festa; ora o amor é sempre Jesus quem no-lo
dá: Ele é a fonte inesgotável. Ele, no sacramento, dá-nos a sua Palavra e
dá-nos o Pão da vida, para que a nossa alegria seja completa (2).
Os Pais: Sagrada Família de Nazaré, tornai também
as nossas famílias lugares de comunhão e cenáculos de oração, escolas
autênticas do Evangelho e pequenas igrejas domésticas (4).
Os Filhos: Jesus, Maria e José, escutai, a nossa
súplica.
Acende-se o segundo
círio; recita-se Pai Nosso… Avé-Maria… Glória...
Terceiro domingo (círio cor-de-rosa)
(O
primeiro e o segundo círios já estão acesos)
Leitor 1: Aproximemo-nos com atenção e carinho das
famílias em dificuldade, daquelas que são obrigadas a deixar a sua terra, que
vivem fragmentadas, que não têm casa nem trabalho, ou que por tantos motivos
vivem no sofrimento; dos cônjuges em crise e daqueles que já se separaram (1).
Leitor 2: Em quantas casas falta o vinho da alegria
e, consequentemente, o sabor - a própria sabedoria - da vida! Nesta noite, com
a nossa oração, fazemo-nos voz de uns e de outros: uma oração por todos (5).
Os Pais: Sagrada
Família de Nazaré, que nunca mais se faça, nas famílias, experiência de
violência, egoísmo e divisão: quem ficou ferido ou escandalizado depressa
conheça consolação e cura (4).
Os Filhos: Jesus, Maria e José, escutai a nossa
súplica.
Acende-se o terceiro
círio; recita-se Pai Nosso… Avé-Maria… Glória...
Quarto domingo
(Os
três primeiros círios já estão acesos)
Leitor 1: Recordemos as três palavras-chave para
viver em paz e alegria em família: com licença, obrigado, desculpa. Quando numa
família não somos invasores e pedimos «com licença», quando na família não
somos egoístas e aprendemos a dizer «obrigado», e quando na família nos damos
conta de que fizemos algo incorrecto e pedimos «desculpa», nessa família existe
paz e alegria. Recordemos estas três palavras (4).
Todos: Com licença, obrigado, desculpa.
Leitor 2: E todas as famílias, todos nós precisamos
de Deus: todos, todos! Há necessidade da sua ajuda, da sua força, da sua
bênção, da sua misericórdia, do seu perdão. E é preciso simplicidade: para
rezar em família, é necessária simplicidade! Rezar juntos o “Pai Nosso”, ao
redor da mesa, não é algo extraordinário: é fácil. E rezar juntos o Terço, em
família, é muito belo; dá tanta força! E também rezar um pelo outro: o marido
pela esposa; a esposa pelo marido; os dois pelos filhos; os filhos pelos pais,
pelos avós... Rezar um pelo outro. Isto é
rezar em família, e isto fortalece a família: a oração (3).
Os Pais: Sagrada Família de Nazaré, que este tempo
de Advento possa despertar, em todos, a consciência do carácter sagrado e
inviolável da família, a sua beleza no projecto de Deus (4).
Os Filhos: Jesus, Maria e José, escutai a nossa
súplica.
Acende-se o quarto
círio; recita-se Pai Nosso… Avé-Maria… Glória...
VI - Profetas da Alegria
Para comunidades religiosas
Textos da carta circular “Alegrai-vos” da
Congregação para os
Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de
Vida Apostólica
aos consagrados e consagradas
Nota prévia particular:
Sugestão: Colocar as Constituições do Instituto junto à “coroa” - uma fraternidade sem alegria é uma
fraternidade que se apaga!
Celebração prevista para as I ou II Vésperas do domingo, após a
introdução ao ofício, antes do hino que pode ser cantado enquanto se acende o
círio respectivo.
Na noite de Natal, em celebração num momento oportuno, pode juntar-se um
quinto círio, branco e maior que os outros. Sendo durante as Vésperas,
poder-se-ia acender o círio durante o hino ou no início do Magnificat, sem
introduções.
Primeiro domingo
Leitor 1: A alegria do Evangelho enche o coração e a
vida inteira daqueles que se encontram com Jesus. Com Jesus Cristo, nasce e
renasce sem cessar a alegria.
Dentro das limitações humanas,
nas preocupações do dia-a-dia, os consagrados e as consagradas vivem a
fidelidade, dão razão da alegria, convertem-se em testemunho luminoso, anúncio
eficaz, companhia e proximidade para com as mulheres e homens do nosso tempo
que procuram a Igreja como casa paterna (1).
Leitor 2: Olha
no fundo do teu coração, olha o íntimo de ti mesmo, e interroga-te: tens um
coração que aspira a algo de grande ou um coração entorpecido pelas coisas? (…)
Deus espera por ti, procura-te: o que lhe respondes? (12).
Leitor 1+2: Profetas da Alegria, acendamos a Luz da
Esperança!
Acende-se o primeiro
círio enquanto se canta o hino.
Segundo domingo
(O
primeiro círio já está aceso)
Leitor 1: A alegria não é um adorno inútil, mas
exigência e fundamento da vida humana. Nas preocupações de cada dia. Todo o
homem e mulher procura alcançar a alegria e permanecer nela com todo o seu ser.
No mundo há, muitas vezes, um défice de alegria. Não somos chamados a realizar
gestos épicos nem a proclamar palavras altissonantes, mas a testemunhar a
alegria que brota da certeza de sentir-se amado, da confiança de ser salvo (3).
Leitor 2: Como vivemos a inquietação do amor? Cremos no amor a Deus e ao próximo,
ou somos nominalistas a este propósito? Não de modo abstracto, não somente
pelas palavras, mas o irmão concreto que encontramos, o irmão que está ao nosso
lado! Deixamo-nos inquietar pelas suas necessidades, ou permanecemos fechados
em nós mesmos, nas nossas comunidades, que com frequência são para nós
“comunidades-comodidades”? (12).
Leitor 1+2: Profetas da Alegria, acendamos a Luz da
Esperança!
Acende-se o segundo
círio enquanto se canta o hino.
Terceiro domingo (círio cor-de-rosa)
(O
primeiro e o segundo círios já estão acesos)
Leitor 1: Ao chamar-nos, Deus diz-vos: “És
importante para mim, Eu amo-te; conto contigo”. Jesus diz isto a cada um de
nós! Daqui nasce a alegria! A alegria do momento no qual Jesus olhou para mim.
Compreender e sentir isto é o segredo da nossa alegria. Sentir-se amado por
Deus, sentir que, para Ele, nós não somos números, mas pessoas; e sentir que é
Ele que nos chama” (4).
Leitor 2: A inquietação do amor impele-nos sempre a
ir ao encontro do outro, sem esperar que seja o outro a manifestar a sua
necessidade. A inquietação do amor oferece-nos a dádiva da fecundidade
pastoral, e nós devemos perguntar-nos, cada um de nós: como está a minha
fecundidade espiritual, a minha fecundidade pastoral” (12).
Leitor 1+2: Profetas da Alegria, acendamos a Luz da
Esperança!
Acende-se o terceiro
círio enquanto se canta o hino.
Quarto domingo
(Os
três primeiros círios já estão acesos)
Leitor 1: Testemunhas de comunhão para além das
nossas maneiras de ver e dos nossos limites, somos, portanto, chamados a levar
o sorriso de Deus; e a fraternidade é o primeiro e mais credível evangelho que
podemos contar. Pede-se-nos para humanizar as nossas comunidades: “cuidai da
amizade entre vós, da vida de família, do amor entre vós. E que o mosteiro não
seja um purgatório, mas uma família (9).
Leitor 2: Uma fé autêntica exige sempre um desejo
profundo de mudar o mundo. Eis a pergunta que nos devemos fazer: temos também
nós grandes visões e estímulos? Somos também nós audazes? O nosso sonho voa
alto? O zelo devora-nos, ou somos medíocres e satisfazemo-nos com as nossas
programações apostólicas de laboratório” (12)?
Leitor 1+2: Profetas da Alegria, acendamos a Luz da
Esperança!
Acende-se o quarto
círio enquanto se canta o hino.
Sobre a Árvore de
Natal
No que diz respeito ao culto da árvore, foi nos inícios do
século VII que o monge beneditino São Bonifácio tentou acabar com uma crença pagã que havia
na Turíngia,
para onde fora como missionário.
Com um machado cortou um pinheiro sagrado que os locais adoravam no alto de um
monte. Como teve insucesso na erradicação da crença, decidiu associar o formato
triangular do pinheiro à Santíssima Trindade e as suas folhas resistentes e perenes à
eternidade de Jesus.
Nasceria aí a Árvore de Natal!
Acredita-se
também que esta tradição tenha começado em 1530, na Alemanha, com Martinho Lutero. Certa noite,
enquanto caminhava pela floresta, Lutero ficou impressionado com a beleza dos
pinheiros cobertos de neve. As estrelas do céu ajudaram a compor a imagem que
Lutero reproduziu com galhos de árvore em sua casa. Além das estrelas, algodão
e outros enfeites, ele utilizou velas acesas para mostrar aos seus familiares a
bela cena que havia presenciado na floresta.
Esta tradição chegou ao continente americano através de alguns alemães, que
foram residir na América durante o período colonial. A primeira árvore de
natal montada na via pública foi em Boston, Estados Unidos da América, no ano
de 1912.
Seja
como for, pode associar-se a tudo isso o sentido bíblico da árvore da Vida, no
Éden, assim como o da árvore de Jessé, a do Apocalipse, e, finalmente, o
Madeiro da Cruz. Recorde-se que na
iconografia cristã do Natal, junto ao Presépio encontra-se muitas vezes uma
árvore, mesmo duas, com essa conotação de Árvore da Vida.
De
acordo com uma tradição católica, a árvore de natal começa a ser montada a
partir do primeiro domingo do advento, intensificando-se a decoração a partir
de 17 de Dezembro, início da Novena de Natal. A 6 de Janeiro, dia de reis, de
acordo com esta tradição, é o dia de desmontar a árvore de natal.
De
notar ainda que seria unicamente no dia 24 de Dezembro que se terminaria a
montagem da árvore de natal, colocando-se-lhe no cimo uma estrela de 4 ou 8
pontas, simbolizando os pontos cardeais. Já na Idade Média, às portas das
igrejas, se celebravam os mistérios da Redenção, nas vigílias do Natal,
erigindo-se uma árvore decorada com frutos, recordava-se então a Criação, o
Paraíso, Adão e Eva, o Pecado e a Promessa da Redenção. Como que comemorando o “nascimento” de Adão e Eva, na vigília da festa
do Nascimento do Novo Adão, Jesus Cristo, Luz do mundo, Filho de Maria, a Nova
Eva, a Estrela da manhã.
Contemplo
o Deus Menino reclinado
Num
Ecce venio, ao Pai abandonado,
Assume
a pecadora natureza.
Contemplo
aquele gesto, deslumbrado,
Do
abrir-se à cruz: divina singeleza!
O
Verbo faz-se carne, é humanado,
E,
enfim, torna-se Pão da Santa Mesa.
Desceu
e veio o mundo redimir;
Nasceu
para morrer e ressurgir,
Que
a estrela do Natal é cruciforme!
Brilhou
na noite escura, alumiou;
As
penas deste mundo suportou,
E a
Páscoa já sentindo, infante, dorme!Frei Braz