quarta-feira, 27 de abril de 2016

Leitores nas assembleias litúrgicas

Aos Leitores das nossas assembleias litúrgicas
 

I – Textos dos Preliminares do Lecionário
51. O leitor tem na celebração da Missa uma função que lhe é própria e que ele deve exercer por si mesmo, ainda que haja ministros de grau superior (IGMR 66). O ministério do leitor, conferido pelo rito litúrgico, deve ser tido em apreço. Os leitores instituídos, se estiverem presentes, devem exercer a função própria ao menos nos domingos e dias festivos, sobretudo na celebração principal. Também lhes pode ser confiado o ofício de ajudar na organização da liturgia da palavra e, se for preciso, preparar outros fiéis que, por encargo temporário, fazem as leituras na celebração da Missa (Ministeria Quædam, n. V).
52. A assembleia litúrgica precisa de leitores, embora não instituídos para esta função. Procure-se, portanto, que haja alguns leigos, dos mais idóneos, que estejam preparados para exercer este ministério. Se se dispuser de vários leitores e houver várias leituras a fazer, convém distribuí-las entre eles.
55. Para que a audição das leituras divinas desperte no coração dos fiéis aquele afeto vivo e suave pela Sagrada Escritura, é necessário que os leitores encarregados deste ofício, ainda que não tenham recebido a instituição, sejam realmente idóneos e cuidadosamente preparados.
          Esta preparação deve ser principalmente espiritual, mas é necessária a chamada preparação técnica. A preparação espiritual pressupõe pelo menos a dupla formação, bíblica e litúrgica: a formação bíblica, para que possam os leitores compreender as leituras, no seu contexto próprio e entender à luz da fé o núcleo da mensagem revelada; a formação litúrgica, para que os leitores possam perceber o sentido e a estrutura da liturgia da palavra e os motivos que explicam a conexão entre a liturgia da palavra e a liturgia eucarística. A preparação técnica deve tornar os leitores cada vez mais aptos na arte de ler em público, quer de viva voz, quer com a ajuda dos modernos instrumentos de amplificação sonora.

II - Asdicasdefreibraz

Ø  O Leitor, ao subir ao Ambão, não comece imediatamente a leitura, mas dê um lapso de tempo suficiente para que a assembleia se sente calmamente e se ajeite nos seus lugares.

Ø  Havendo microfone, que já deve ter sido testado antes da celebração, seja ajustado à altura de cada Leitor antes de começar a proclamação da Palavra e não durante.


Ø  Percorra ligeiramente a assembleia com o olhar, sem fixar ninguém em particular, para se compenetrar ele mesmo de que vai proclamar um texto para os outros e não só lê-lo para si.

Ø  Mantenha os pés ligeiramente afastados, por uma questão de equilíbrio físico e apoie discretamente as mãos no Ambão; nada de braços cruzados, mãos nos bolsos ou atrás das costas, nem pernas a balançar. Cabeça suficientemente levantada para que a voz possa fluir naturalmente. Se necessário, porém, sustenha um pouco o Livro, ou incline-o para si, a fim de ver melhor os textos a proclamar.


Ø  Normalmente, mantenha os olhos postos no texto a proclamar, visto tratar-se de uma Leitura da Palavra de Deus e não de uma comunicação quase improvisada: o Leitor na Liturgia não é um apresentador de televisão. Também ele é destinatário da Palavra e não protagonista. Apenas nalguma frase-chave, poderá ser conveniente dirigir o olhar à assembleia, para acentuar a mensagem proclamada, mas não a cada frase ou perícope; todavia, é conveniente olhar para a assembleia ao indicar a perícope a proclamar (ex: Leitura dos Atos dos Apóstolos…), e à aclamação Palavra do Senhor.

Ø  Recordando: “A conclusão Palavra do Senhor (ou Palavra da Salvação) no final das leituras, também pode ser cantada por um cantor distinto do leitor que proclamou a leitura, respondendo todos com a aclamação (Lecionário, Preliminares, 18).

Ø  Dê sempre um lapso de tempo entre o anúncio do texto a proclamar, a leitura propriamente dita, e a aclamação final.


Ø  Mas em tudo isto, haja o cuidado de não teatralizar a proclamação da Palavra de Deus: o leitor “empresta” a sua voz a Deus pois que a Palavra é d’Ele, e não sua.

Ø  Recordando: Um bom leitor, seja ele quem for, nunca sobe ao ambão sem antes ter “visto” os textos que irá proclamar, por mais habituado que esteja.

Ø  Um desnivelamento desagradável: O mesmo leitor proclamar dois textos seguidos. Havendo real necessidade, por falta de outros leitores, por exemplo, tenha-se em conta, ao menos, uma mudança de timbre de voz, não esquecendo os diferentes géneros literários.

Ø  Isto, porque não se lê da mesma forma um texto do Profeta ou do Apóstolo e o Salmo Responsorial; uma carta e um poema; um texto aclamativo e uma estrofe penitencial; um hino jubiloso e um texto das Lamentações.

Ø  Não se entoa com o mesmo timbre de voz o Salmo Responsorial e o Aleluia, sobretudo se forem recitados e não cantados.

Ø  Recordando: Normalmente, não é do Ambão que se entoa a Aclamação ao Evangelho, mas será o grupo coral a introduzi-la; se não for cantada, pode omitir-se (IGMR 39).


Ø  Ainda uma palavra sobre a Prece Universal ou Oração dos Fiéis: para evitar lapsos de tempo vazios e, consequentemente, distância entre a introdução e as preces, é conveniente que o leitor que proclamará as intenções suba ao Ambão antes do convite à oração feito pelo sacerdote. Assim, aproxime-se do Ambão imediatamente após a Profissão de fé (credo):

Ø  Recordando: (Comissão Episcopal de Liturgia, Oração Universal, Apresentação, 12): "Para um bom, verdadeiro e devoto modo de proceder na Oração dos Fiéis tenha-se em conta o seguinte:
       a) o presidente, antes de começar a introdução, deve aguardar que o leitor chegue ao ambão;
       b) aquele que propõe as intenções... só regressa ao seu lugar depois do Amen da assembleia.

Ø    (Comissão Episcopal de Liturgia, Oração Universal, Apresentação, 4)": Na prática pastoral, devem incluir-se na Oração dos Fiéis as intenções mais presentes na vida de cada Comunidade sem, no entanto, esquecer as que significam a comunhão eclesial e a participação nos grandes problemas da sociedade em geral.
 

III – À guisa de conclusão

Uma boa articulação do texto proclamado, com os acentos das palavras e das frases bem determinados, a pontuação respeitada, são meio caminho para a compreensão e interiorização da Palavra de Deus.

E nunca esquecer que a proclamação da palavra de Deus será tanto mais pausada e sonora quanto maiores forem as dimensões do local, tendo ainda em conta as características acústicas e o sistema de sonorização: não se lê da mesma forma como se fala entre amigos; saiba-se também distinguir uma assembleia reunida num pequeno oratório e numa grande catedral.

Uma boa respiração, uma correta posição do corpo, um olhar tranquilo, uma intensidade de voz convenientemente estudada, são outras exigências para uma boa proclamação e audição da Palavra de Deus.

quarta-feira, 13 de abril de 2016

"Corações abertos" - Jogral para o Jubileu da Misericórdia

corações abertos

Jogral (5 leitores)
Compilação: Frei Braz, scj
Texto de base: Bula de proclamação do Jubileu Extraordinário da Misericórdia Misericordiæ Vultus
Um grupo coral e instrumental pode ser previsto para acompanhar o canto
(os cânticos apresentados, podem ser substituídos por outros de mensagem semelhante)
Sendo possível, projecção de imagens

1
Abri-me a porta da justiça[i]
T
Desejo entrar para dar graças ao Senhor.
2
Esta é a porta do Senhor
T
Por ela entram apenas os justos.
3
Eu sou a Porta[ii]:
T
Se alguém entrar por Mim, salvar-se-á.
4
Eis que estou à porta e bato[iii]:
5
Se alguém ouvir a Minha voz e abrir porta, entrarei em sua casa e cearei com ele…
T
…e ele Comigo.
1
Eu vim para que tenham vida…
T
…e a tenham em abundância.
Eu vim para que tenham vida
e a tenham em abundância.
Eu vim para que tenham vida
e a tenham em abundância.
1-2-3
A Igreja vive uma vida autêntica, quando professa e proclama a misericórdia, o mais admirável atributo do Criador e do Redentor
4-5
…e quando aproxima os homens das fontes da misericórdia do Salvador…
T
…das quais ela é depositária e dispensadora[iv].
Eu vim para que tenham vida
e a tenham em abundância.
Eu vim para que tenham vida
e a tenham em abundância.
1
Misericórdia!
T
Misericórdia!
2
O Nome de Deus é Misericórdia
T
O Nome de Deus é Misericórdia!
3
Misericórdia… é o ato último e supremo pelo qual Deus vem ao nosso encontro[v].
T
O Nome de Deus é Misericórdia!
4
Misericórdia: é a lei fundamental que mora no coração de cada pessoa, quando vê com olhos sinceros o irmão que encontra no caminho da vida.
T
O Nome de Deus é Misericórdia!
5
Misericórdia: é o caminho que une Deus e o homem, porque nos abre o coração à esperança de sermos amados para sempre, apesar da limitação do nosso pecado.
T
O Nome de Deus é Misericórdia!
1-2-3
Servir o homem, em todas as circunstâncias da sua vida, em todas as suas fraquezas, em todas as suas necessidades[vi].
4-5
A todos, crentes e afastados, possa chegar o bálsamo da misericórdia como sinal do Reino de Deus já presente no meio de nós.[vii]
T
O Nome de Deus é Misericórdia!
As misericórdias do Senhor, para sempre cantarei…
As misericórdias do Senhor, para sempre cantarei…
1
Somos chamados a viver de misericórdia…
T
…porque, primeiro, foi usada misericórdia para connosco.[viii]
As misericórdias do Senhor, para sempre cantarei…
As misericórdias do Senhor, para sempre cantarei…
2
Vamos “abrir o coração àqueles que vivem nas mais variadas periferias existenciais.”[ix]
As misericórdias do Senhor, para sempre cantarei…
As misericórdias do Senhor, para sempre cantarei…
3
Mas… aflitos que buscam consolação…
T
lágrimas de dor a serem derramadas em todos os continentes deste planeta…
4
…conflitos armados que não têm fim e semeiam a dor e a morte…
T
A cada passo, são os cataclismos naturais ou os desastres que não nos deixam indiferentes…
5
Vemos, ouvimos e lemos, não podemos ignorar os nossos irmãos, permanecendo indiferentes, como se nada tivéssemos a ver com o assunto.
1
Eu tive fome duma palavra...
T
...e tu respondeste-me com o silêncio
2
Eu tive fome dum sorriso...
T
...e tu nem sequer me olhaste.
3
Eu tive fome dum olhar...
T
...e tu afastaste de mim o teu rosto.
4
Eu tive fome de paz...
T
...e em ti só encontrei conflitos e guerras.
5
Eu tive fome de perdão...
T
...e em ti encontrei apenas um coração fechado.
1-2
Eu tive fome de justiça...
T
...e tu não me tomaste a sério.
3-4-5
Eu tive fome de esperança...
T
...e só encontrei a dureza do teu coração.
1
Porque tudo o que fizeste ao mais pequeno dos meus irmãos...
T
...a Mim o fizeste.
2
Se, por meio das obras corporais, tocamos a carne de Cristo nos irmãos e irmãs necessitados de ser nutridos,
3
vestidos,
4
alojados,
5
visitados,
T
as obras espirituais tocam mais directamente o nosso ser de pecadores:
1
aconselhar…
2
…ensinar…
3
…perdoar…
4
…admoestar…
5
…rezar.
1-2-3
Por isso, as obras corporais e espirituais nunca devem ser separadas.[x]
T
Que podemos nós fazer?
1
Cada pessoa deverá sair de si para ir ao encontro dos outros, vendo neles o rosto de Cristo sofredor.
2
Os nossos pés são para irmos ao encontro de quem vive nas periferias existenciais, longe do nosso coração.
3
Os nossos olhos são para jamais se fecharem perante o espectáculo de tantos necessitados de consolação.
4
Os nossos ouvidos são para escutar quem precisa de desabafar as suas aflições, sem olhar para o relógio.
5
Os nossos ombros são para servir de lugar onde os outros, na sua aflição, podem reclinar a cabeça.
1
As nossas mãos são para ajudar a erguer do chão quem caiu na depressão e precisa de se erguer e caminhar.
T
Que poderemos nós fazer?
2
Podemos ser a gota de água que forma o imenso oceano.[xi]
3
Abramos os nossos olhos para ver as misérias do mundo,
4
as feridas de tantos irmãos e irmãs, privados da própria dignidade…
5
…e sintamo-nos desafiados a escutar o seu grito de ajuda.
T
As nossas mãos apertem as suas mãos…
1
…e estreitemo-los a nós para que sintam o calor da nossa presença…
2
…da amizade…
3
…e da fraternidade.
T
Não nos deixemos cair na indiferença que humilha…
4-5
…na habituação que anestesia o espírito e impede de descobrir a novidade…
T
…no cinismo que destrói.[xii]
Se quebras as cadeias da escravidão,
Se tu libertas teu irmão da prisão,
A noite do teu caminho
Será a luz do meio dia (bis).
            Então, das tuas mãos / Nascerá uma fonte,
            A fonte que dá vida / À terra do amanhã,
            A fonte que dá vida / À terra de Deus.
Se tu partilhas o pão que Deus te dá
Com todo aquele que é tua própria carne,
A noite do teu amor
Será a luz do meio-dia (bis).
            Do teu coração /Brotará água viva,
            A água que mata a sede / Da terra do amanhã,
            A água que mata a sede / Da terra de Deus.
Se tu destróis aquilo que oprime os homens,
Se tu levantas teu irmão humilhado,
A noite do teu combate
Será a luz do meio-dia (bis).
            Então, do teu passo /  Nascerá uma dança,
            A dança que inventa /            A terra do amanhã,
            A dança que inventa /            A terra de Deus.
Se denuncias o mal que atinge o homem,
Se tu sustentas teu irmão abandonado,
A noite do teu apelo
Será a luz do meio-dia (bis).
            Então, dos teus olhos / Brilhará uma estrela,
            A estrela que anuncia / A terra do amanhã,
            A estrela que anuncia / A terra de Deus.
Se tu derrubas os muros entre os homens,
Se tu perdoas ao teu inimigo,
A noite da tua paixão
Será a luz do meio-dia (bis).
            Então, do teu pão /Viverá a Igreja,
            A Igreja que anuncia / A terra do amanhã,
            A Igreja que anuncia / A terra de Deus.
1
Deus precisa dos teus lábios para continuar a anunciar a Paz que é dom Pascal.
2
Deus precisa dos teus pés para continuar a percorrer os caminhos do mundo até às periferias da existência.
3
Deus precisa das tuas mãos para continuar abençoar o seu povo.
4
Deus precisa dos teus ouvidos para continuar a escutar as dores da humanidade.
5
Deus precisa dos teus olhos para continuar a contemplar a presença do Eterno nos acontecimentos da história.
T
Deus precisa do teu coração para continuar a amar.
1-2-3
Deus precisa de ti para continuar a obra da Redenção.
T
Nosso Senhor não quis fazer tudo por Si próprio para a salvação do mundo.
4-5
Deixou-nos o cuidado de Lhe testemunhar o nosso amor…
T
…trabalhando para a sua Igreja, para os seus irmãos[xiii].
P’ra tantos braços caídos,
P’ra tantas bocas sem pão,
Abrir o verde da esperança
Na vida de cada irmão.
            A quem viver abatido
            Num sombrio entardecer,
            Dar-lhes a nova alegria
            De ser Cristo o seu viver.
Mensageiros da alegria
Ao encontro do irmão,
Testemunhas da esperança
No mundo em construção.
            Mensageiros da alegria…
Unidos numa só voz,
Unidos num só coração,
Abraçando o mundo inteiro,
Na esperança da união.
            Fixar o olhar mais além,
            Passo a passo, dia a dia,
            Cantar a vida em nós,
            Ser profeta da alegria.
Mensageiros da alegria
Ao encontro do irmão,
Testemunhas da esperança
No mundo em construção.
            Mensageiros da alegria…
1
Cuidar das feridas do mundo…
2
…aliviá-las com o óleo da consolação…
3
…enfaixá-las com a misericórdia…
4-5
e tratá-las com a solidariedade e a atenção devidas…
T
…e tratá-las com a solidariedade e a atenção devidas[xiv].
1
Levar uma palavra e um gesto de consolação aos pobres…
2-3
…anunciar a libertação a quantos são prisioneiros das novas escravidões da sociedade contemporânea…
4-5
…devolver a vista a quem já não consegue ver porque vive curvado sobre si mesmo…
T
…e restituir dignidade àqueles que dela se viram privados[xv].
1
Senhor, fazei de mim…
1-2
…um instrumento da vossa paz.
3
Onde houver ódio…
T
…que eu leve o amor.
4
Onde houver ofensa…
T
…que eu leve o perdão.
5
Onde houver discórdia…
T
…que eu leve a união.
1
Onde houver dúvida…
T
…que eu leve a fé.
2
Onde houver erro…
T
…que eu leve a verdade.
3
Onde houver desespero…
T
…que eu leve a esperança.
4
Onde houver tristeza…
T
…que eu leve a alegria
5
Onde houver trevas…
T
…que eu leve a luz.
1-2
Ó Mestre, fazei que eu procure mais Consolar…
T
…que ser consolado
3-4
Compreender…
T
…que ser compreendido;
5
Amar…
T
…que ser amado.
1-2-3
Pois é dando que se recebe,
4-5
É perdoando que se é perdoado,
T
E é morrendo que se vive para a vida eterna.
1
Não esqueçamos as palavras de São João da Cruz:
2
Ao entardecer desta vida…
T
…seremos examinados pelo amor.
3
De igual modo ser-nos-á perguntado se ajudámos a tirar da dúvida, que faz cair no medo e muitas vezes é fonte de solidão…
4
…se fomos capazes de vencer a ignorância em que vivem milhões de pessoas, sobretudo as crianças desprovidas da ajuda necessária para se resgatarem da pobreza…
5
…se nos detivemos junto de quem está sozinho e aflito;
1
se perdoámos a quem nos ofende e rejeitámos todas as formas de ressentimento e ódio que levam à violência…
2
…se tivemos paciência, a exemplo de Deus que é tão paciente connosco…
3
…enfim se, na oração, confiámos ao Senhor os nossos irmãos e irmãs.
4-5
Em cada um destes « mais pequeninos », está presente o próprio Cristo.
T
A sua carne torna-se de novo visível como corpo martirizado...[xvi]
1
…chagado…
2
…flagelado…
3
…desnutrido…
4
…em fuga ...
1-2
…a fim de ser reconhecido…
3-4-5
…tocado…
T
…e assistido cuidadosamente por nós.
1
Nas nossas paróquias…
2
…nas comunidades…
3
…nas associações e nos movimentos…
1-2-3
…em suma, onde houver cristãos…
4-5
…qualquer pessoa deve poder encontrar um oásis de misericórdia[xvii]
T
…oásis de misericórdia!
1
E se  o Nome de Deus é Misericórdia…
2
…também é Paciência…
T
…Compaixão…
3
…Indulgência…
T
…Esperança…
4
…Bondade…
T
…Alegria…
5
…Ternura…
T
…Perdão.
1-2-3
Que a palavra do perdão possa chegar a todos…
T
…e o chamamento para experimentar a misericórdia não deixe ninguém indiferente.[xviii]
1
Deixar de lado o ressentimento…
T
…a raiva…
2-3
…a violência…
4-5
…a vingança…
T
…são condições necessárias para se viver feliz [xix].
1
Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de entranhas de misericórdia…
T
…de benignidade…
2
…humildade…
T
…mansidão…
3
…e longanimidade…
T
…suportando-vos uns aos outros e perdoando-vos mutuamente.
4
Mas, acima de tudo, revesti-vos de caridade…
T
…que é o vínculo da perfeição.[xx]
5
Porque será julgado sem misericórdia…
T
…aquele que não for misericordioso.
1
E a misericórdia triunfa sobre o juízo.
T
A misericórdia triunfa sobre o juízo.[xxi]
A ti, meu Deus,
Elevo o meu coração,
Elevo as minhas mãos,
Meu olhar, minha voz.
A ti, meu Deus,
Eu quero oferecer
Meus passos e meu viver,
Meus caminhos, meu sofrer.
            A tua ternura, Senhor, vem abraçar-me
            E a tua bondade infinita vem perdoar-me.
            Vou ser o teu seguidor e dar-te o meu coração.
            Eu quero sentir o calor das tuas mãos.
A ti, meu Deus,
Que és bom e que tens amor,
Ao pobre e ao sofredor
Vou servir e esperar.
Em ti, Senhor,
Humildes se alegrarão
Cantando a nova canção
De esperança e de paz
            A tua ternura, Senhor, vem abraçar-me
            E a tua bondade infinita vem perdoar-me.
            Vou ser o teu seguidor e dar-te o meu coração.
            Eu quero sentir o calor das tuas mãos.
1
Porque o nome de Deus é Misericórdia.
T
O Nome de Deus é Misericórdia.
2
Jesus Cristo é o rosto da misericórdia do Pai.[xxii]
T
…o rosto da Misericórdia do Pai.
3
Sede misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso.[xxiii]
4
Tal como ama o Pai, assim também amam os filhos.[xxiv]
5
Tal como Ele é misericordioso…
T
assim somos chamados também nós a ser misericordiosos uns para com os outros.
1
Quem pratica a misericórdia…
T
…faça-o com alegria![xxv]
Misericordes sicut Pater…
Pedimos a paz ao Deus de toda a paz…
            É eterna a sua misericórdia
A terra espera o Evangelho do Reino…
            É eterna a sua misericórdia
Alegria e perdão no coração dos pequenos…
            É eterna a sua misericórdia
Serão novos os céus e a terra…
            É eterna a sua misericórdia
Misericordes sicut Pater…
            Misericordes sicut Pater…
1
Abre o teu coração ao Redentor
Que aberta foi a porta do perdão.
2
Sê ilha de ternura e compaixão
No mar da indiferença e do rancor.
3
Sê vida para o pobre…
4
            …servo…
5
                        …pão.
T
Sê bálsamo a afagar a humana dor.
1
Ao fraco, ao abatido, dá vigor,
T
Ao exilado traz libertação.
2
No tempo, sê sinal de Eternidade.
3
Do Coração de Deus, da sua bondade,
4
Sê ícone…
5
            …sê ‘spelho…
T
                        …profecia.
1
Misericordioso como o Pai…
2-3
Rumo às periferias, corre, vai…
4
P’lo mundo espalha luz…
5
            …paz…
T
                        …alegria.
Profeta do Senhor,
No meio dos teus irmãos,
Anuncias a luz,
Abertas as tuas mãos.
A tua estrela na noite
Testemunha o novo dia.
Abre o teu coração, / Sê profeta do amor!
Servidor da missão, / Anuncia o reino do Senhor!
Profeta do Amor,
Revelas a sua presença!
Deus fala sem palavras,
Guia-nos e alimenta!
Pelo Espírito de Deus,
Teu amor será fermento!
Abre o teu coração, / Sê profeta do amor!
Servidor da missão, / Anuncia o reino do Senhor!
Profeta da Esperança,
Espalha a Boa Nova!
Jesus venceu a morte,
A vida nova nos renova!
Neste mundo a descobrir,
Sê o canto do porvir!
Abre o teu coração, / Sê profeta do amor!
Servidor da missão, / Anuncia o reino do Senhor!
Abre o teu coração…
Vai-se repetindo o refrão enquanto os leitores distribuem cartão-mensagem à assistência.



[i] Sal 118,19-20.
[ii] Cf Jo 10,9-10.
[iii] Apc 3,20.
[iv] MV 11 (João Paulo II, Carta Encíclica Dives in misericordia, 15).
[v] MV 2.
[vi] MV 4 (Paulo VI, Alocução na última sessão pública – 7 de dezembro de 1965).
[vii] MV 5.
[viii] MV 9.
[ix] Cf MV 15.
[x] Mensagem do Papa para a Quaresma de 2016, 3.
[xi] Pedrosa Ferreira, As obras de misericórdia, ed. Salesianas, 2015, 55-56.
[xii] MV 15.
[xiii] Padre Dehon, Pensamentos 6/Setembro.
[xiv] Cf MV 15.
[xv] MV 16.
[xvi] MV 15.
[xvii] MV 12.
[xviii] MV 19.
[xix] MV 9.
[xx] Col 3,12.
[xxi] Tg 2,13.
[xxii] MV 1.
[xxiii] Lc 3,36.
[xxiv] MV 9.
[xxv] MV 16 (Rm 12,8).